terça-feira, 29 de dezembro de 2009

faxina de ano novo


Drummond tem uma série de mini poemas denominados Poemas de Dezembro. O meu preferido relaciona a poesia à musica para falar do fim do ano.


"Procuro uma alegria
uma mala vazia do final de ano
e eis que tenho na mão
-flor do cotidiano -
é vôo de um pássaro
é uma canção"
(Carlos Drummond de Andrade, 1968)

Parece que o décimo segundo mês do ano chega ao fim carregado de ganhos, perdas, excessos e faltas. É chegada a hora de descarregar e abrir espaço. Arrumar armários, organizar o que ainda é válido, chacoalhar um pouco o que ainda vamos precisar. Algumas peças precisarão ser lavadas e cuidadas, mas para outras, lixeira!
Precisa-se criar espaço para o novo entrar. Não é possível entulhar, temos que jogar fora muitas coisas.É realmente uma arrumação pois o espaço continuará o mesmo: 365m2 de ano, nenhum metro a mais.
Renovar é preciso. Recriar e guardar apenas o necessário.
Drummond diz em outro poema, que entra ano, sai ano e só renovamos a esperança; essa tem lugar garantido no armário. Pudera, sem ela, não daria nem vontade de ouvir uma música alta e dançar enquanto a gente joga lembranças fora.


"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um sujeito genial. Industrializou-se a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e começa tudo outra vez, com outro numero e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente"
(Carlos Drummond de Andrade, 1968)


Separei algumas músicas que me remetem à esse clima de faxina que o ano novo nos traz.
"A hora do encontro é também despedida"... (ou seria o contrário?)como diriam Milton e Brant.
E bons encontros em 2010 para todos.


Bom Tempo
Chico Buarque

Um marinheiro me contou
Que a boa brisa lhe soprou
Que vem aí bom tempo
O pescador me confirmou
Que o passarinho lhe cantou
Que vem aí bom tempo Vou que vouLá no alto
O sol quente me leva num salto
Pro lado contrário do asfalto
Pro lado contrário da dor...


Corrida de jangada
Edu Lobo / Capinan

Meu mestre deu a partida
É hora vamos embora
Pros rumos do litoral
Vamos embora
Hora, hora vamos embora
Vamos embora, vamos embora
Vamos embora, vamos embora...
Sou meu mestre, meu proeiro
Sou segundo, sou primeiro
Olha a reta de chegar
Reta de chegar...



A Casa pré fabricada
Los Hermanos

Abre os teus armários, eu estou a te esperar
Para ver deitar o sol sobre os teus braços, castos
Cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar
E fazer do teu sorriso um abrigo
Canta que é no canto que eu vou chegar
Canta o teu encanto que é pra me encantar...


Veleiro
Edu Lobo/Torquato Neto

Ê, ô tá na hora e no tempo
vamos lá que esse vento traz recado de partir
beira de praia não faz mal que se deixe
se o caminho da gente vai pro mar
Eu vou...

vou pra terra distante não tem mar que me espante não tem, não
Anda, vem comigo que é tempo
vem depressa que eu tenho o braço forte e o rumo certo
ah, que o dia está perto e é preciso ir embora ah, vem comigo nesse veleiro
Ê, ô tá na hora e no tempo vamos embora no vento...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Gloomy Sunday

Hoje é segunda-feira. Temos uma dupla sensação;de um lado a tristeza pelo término do descanso e por outro o ânimo de uma semana nova em folha se abrindo.
Já domingo, traz um ar nostálgico. Um saudosismo da sexta e do sábado e ao mesmo tempo uma resignação. Fazer o que? Só nos resta esperar por segunda. Parece que domingo é um dia do qual a gente está sempre reclamando, seja pelo dia anterior que não pode voltar, seja pelo seguinte que faz tudo recomeçar.

Em 1941 Billy Holiday lança a música Gloomy Sunday, feita pelo pianista húngaro Rezső Seress 8 anos antes a partir de um poema de László Jávor, também húngaro. A música fala sobre a morte da pessoa amada e a desistência da vida, indicando o planejamento do suicídio do intérprete.
Nesta época, provavelmente devido à 2ª guerra mundial, milhares de pessoas se suicidaram nos EUA. A imprensa da época levou a população a acreditar que os suicídios teriam sido incitados pela audição da melancólica música e a versão de Holiday foi banida das rádios pela BBC.
A música é belíssima e muito depressiva, e talvez tais rumores tenham suscitado a curiosidade de muitos intérpretes que a regravaram. Listo alguns apenas:

Genesis 1968; Sarah Vaughan 1961; Ray charles 1969; Elvis Costello 1981;
Serge Gainsbourg 1988; Bjork 1999.

Gloomy Sunday

Gloomy Sunday
with shadows I spend it all
my heart and I have decided to end it all
Soon there'll be prayers and candles are lit, I know
let them not weep
let them know, that I'm glad to go
Death is a dream
for in death I'm caressing you

Pesquisei letras relacionadas a este dia da semana tão polêmico e nostálgico. Das mais para as menos conhecidas, das internacionais para as nacionais.

Sunday bloody Sunday- U2
Gloomy Sunday- Billy Holiday
Blue Sunday- The
Doors
Everyday is like Sunday- Morrissey
Sunday morning -The Bolshoi
Sunday- The Cranberries
Sunday- Bloc party
A Sunday kind of Love- Etta James
Sunday smile- Beirut
I met him on a Sunday- Laura Nyro
Tell me on a Sunday- Andrew Lloyd Weber
Sunday- Sonic Youth
Sunday- Nick Drake
Never on Sunday- Pink Martini
Feeling kinda Sunday- Frank Sinatra
Come Sunday- Duke Ellington
Church on Sunday- Greenday
Happy happy Sunday- Kusumi Koharu
Um dia de domingo- Tim Maia
No pagode do Vavá- Paulinho da Viola
Domingo 23- Jorge Bem Jor
Manhãs de domingo- Ira
Jovens tardes de domingo- Roberto Carlos
Domingo- Titãs
Domingo- Cazuza
Domingo II- Cazuza




E boa semana.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Cansei de Ser Séria - Vou virar carioca


Existe uma banda de rock-eletrônico que possui o 2º melhor nome de banda na minha opinião: Cansei de Ser Sexy, formada por 4 mulheres e um homem.Tanta gente por aí se esforçando pra ser O Último Biscoito do Pacote e eles simplesmente cansaram!
Hoje vim andando pela rua ápós ter vivenciado uma situação éticamente desagradável e pensei, também cansei. Só que minha banda vai se chamar Cansei de Ser Séria. Morar no Rio é um prazer e um fardo ao mesmo tempo, e eu já não me identifico ao estatuto implícito da cidade faz tempo.
Depois desse episódio de hoje ressuscitei um texto que escrevi. Publico abaixo.
Aproveitando o mote, selecionei algumas músicas cujo tema é o carioca ou as carioquices.
Só a música pra nos aliviar ...


Samba do carioca
Vinícius de Moraes e Carlos Lyra

Vamos, carioca

Sai do teu sono devagar
O dia já vem vindo aí
O sol já vai raiar São Jorge, teu padrinho
Te dê cana pra tomar
Xangô, teu pai, te dê Muitas mulheres para amar



Silvia Machete

Se eu disser que tô indo embora
Não me deixe ir
Sabote minha partida
Pois eu sei que perdi um pouquinho da minha carioquice
E isso é muito triste
Pois se você disser pra eu te ligar eu vou
Se você marcar encontro eu já tô lá
Se você disser que gosta de mim eu vou acreditar com muito amor


Cariocas
Adriana Calcanhoto

Cariocas são bonitos
Cariocas são bacanas
Cariocas são sacanas
Cariocas são dourados
Cariocas são modernos
Cariocas são espertos


Ela é carioca
Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Ela é carioca

Basta o jeitinho dela andar
Nem ninguém tem carinho assim para dar
Eu vejo na luz dos seus olhos
As noites do Rio ao luar

Carioca

Chico Buarque

Cidade maravilhosa

És minha
O poente na espinha das tuas montanhas
Quase arromba a retina
De quem vê
De noite, meninas
Peitinhos de pitomba
Vendendo por Copacabana
As suas bugigangas
The CariocaCaetano veloso

Say, have you seen the carioca?

It's not a foxtrot or a polka
It has a little bit of new rhythm
A blue rhythm that sighs


Garota sangue bomFernanda Abreu

No compasso do escândalo dançante

Meio samba meio funk
Vem dançando no açúcar
Da presença feminina carioca
Suburbana, carioca Zona Sul
Corpo que é alma
Assim sublime irresistível inspiração
De cidade maravilha cortesã
Sintetizada pelas ondas de um corpo feminino
Que é Prestígio de calibre sensual
Olha o jeitinho dela falar
Olha o jeitinho dela dançar
Olha o jeitinho dela olhar
Olha o jeitinho dela andar
Olha o jeitinho dela paquerar
Garota carioca
Suingue sangue bom

Voltando pra Pasárgada #


Não se trata de uma história que ouvi. A experiência foi vivida na carne. Quando cheguei em casa hoje, depois de pensar muito na vida e nas pessoas, resolvi: ‘vou procurar meu registro, minha certidão de nascimento’. A resposta eu na verdade já tinha, mas a gente sempre precisa de uma confirmação, dos pais, da lei, ou do escriturário que seja. E confesso que não fiquei surpresa quando vi lá escrito: local de nascimento: Pasárgada.

 Sabe quando você desconfia de algo, mas não tem certeza de fato? Pois então, sempre desconfiei de que não era carioca. Como se fosse uma filha adotada que não sabe de toda sua estória, mas sonha com isso vez ou outra. Não sabe sabendo ou sabe não sabendo. E depois de 28 anos me descobri assim, como uma ‘filha-adotada-recém-descoberta’. Mas você deve estar se perguntando quando de fato tive a certeza e pulei para a cena de vasculhar a certidão. Fui só ouvindo os sinais, pois alguns indícios já eram gritantes.
1. Ir à praia pra mim é quase sempre uma aventura, prefiro as mais desertas, de preferência fora do Rio. Chego quando o sol está se pondo e uso o maior fator de proteção solar apesar da grande quantidade de melanina que carrego.
2.Perco-me facilmente pelas ruas.
3.Aprendi recentemente que quando um menino de rua te pede dinheiro para comprar leite em pó para o irmão, ele não quer realmente o leite, ficando decepcionado quando o ganha e insistindo no dinheiro.
4.Tenho a mania de cumprir com a minha palavra. Pode escrever o que eu falo, eu assino embaixo.

Não sou carioca e confesso ter orgulho disso. Não quero ser mal entendida, longe de mim! Apenas carrego comigo um regionalismo do qual não consigo me livrar, apesar de ter recém descoberto minha cidade.
Em Pasárgada a existência é uma aventura e sou amiga do rei, no qual sei que posso confiar se precisar. Lá ando de bicicleta por esporte, sem comparações com a mais nova capa da Playboy.

Se estiver cansada, deito na beira do rio e ouço as histórias da mãe-d’água, sem me preocupar com o tempo desperdiçado ali. Se não consigo o que esperava, não há malandragem, porém, o diálogo honesto é sempre bem-vindo. Paciência e honestidade são leis.

Não sou carioca e por mais que viva no Rio, ainda me surpreendendo com eles. Os cariocas são fluidos. Leveza, fluidez e descontração podem combinar com a vontade de levar a frente uma aposta, mas para o carioca, isso leva a um dispêndio muito grande de energia, que ele poderia estar gastando na praia, na academia ou na boite.

Apostar num desejo significa bancar uma escolha, assumir o risco de perder. Mas se o carioca não se implica, o que perderia? Perder o que nunca teve?

Assim é mais leve. A leveza é a nova onda do momento, o carioca sabe. Poupar as pessoas de ouvirem algumas verdades pode ser muito mais conveniente, tão leve quanto uma borboleta. O carioca parece ter aberto mão da densidade e da seriedade para viver na cidade maravilhosa. Afinal, morar no berço da sétima maravilha do mundo também tem um preço. É...até o carioca faz algumas escolhas de vez em quando.
Vou me juntar aos meus.

#O Poema original Vou me embora pra Pasárgada, de Manuel Bandeira foi musicado por Gilberto Gil em 1986.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pais e Filhos


Muitos autores homenagearam seus filhos com letras de músicas. Alguns tem mais de um filho, mas só conseguiram escrever para 'aquele' filho específico. Outros, são mais evasivos e não citam nome, pois talvez a mesma música possa ser usada 2, 3, 4 vezes para crianças diferentes. brincadeiras à parte, pincei algumas faixas:

Isn't she lovely-(Songs in the key of life-1974) Stevie Wonder fez para sua filha Aisha quando ela tinha 1 ano. Hoje Aisha é sua backing vocal e tem 34 anos.

Clareana (Feminina-1980) Joyce fez para as filhas Ana Martins e Clara Moreno. Ambas são cantoras atualmente. A primeira lançou o álbum Samba sincopado(2005) e a segunda, lançou Meu samba Torto (2007).

To Zion (The miseducation of Laury Hill-1998) Lauryn Hill fez esta música para seu filho Zion (neto de Bob Marley) quando descobriu que estava grávida. Hoje Zion tem 12 anos.

Tears in heaven (Unplugged -2002) Eric Clapton fez esta música sobre a morte trágica de seu filho Conor, aos 4 anos e meio. Conor caiu da janela do apartamento por acidente.

Nando Reis ganha minha admiração, pois conseguiu fazer músicas para 3 dos 5 filhos.

O mundo é bão Sebastião (A melhor banda de todos os tempos da última semana- Titãs-2001)Para o filho Sebastião.
Spatódea (Sim e Não- 2006)-para a filha Zoé
Só para So (Drês- 2009)-para a filha Sofia
Ismael chega a ser citado na faixa Relicário no cd Luau MTV ao vivo, mas Theodoro ainda aguarda sua música.


Tom Maior (Martinho da vila-1969) Martinho lançou esta música em seu álbum de éstreia. A música fala sobre o nascimento de um criança, mas não deixa claro se seria sobre um de seus 8 filhos. A música deu nome a uma escola de samba paulista. Em 2008 Martná'lia regrava a música em seu álbum Madrugada.

Coletânea Slow Down

Venho pensando como a vida anda corrida ultimamente. É tão difícil sobrar um tempo para relaxar, fazer nada, desacelerar o passo, contemplar e bocejar um pouco. Tentando deixar ao menos que por algumas horas de ser o coelho de Alice no País das Maravilhas, que vive correndo e olhando o relógio, me dei de presente uma coletânea que chamei de slow down.
Gosto de ouvir no fim de semana fazendo nada.
Considerei a junção letra-melodia-clima. Pra ouvir bem relaxado(a).
Cito abaixo apenas os intérpretes, não os autores necessariamente.

Bjork- All neon like
The Beatles- Only sleeping
Lenine- A Gandaia das ondas/Pedra e Areia
Paulinho da Viola – Para ver as meninas
Céu- Cangote
Caetano Veloso- Bem devagar
Mariana Aydar- Deixa o verão
Bjork- All neon like
Little Joy- Evaporar
Coldplay- Amsterdam
The Smiths- Stretch out and wait
Tiê- Sweet Jardim
Nada Surf- Paper boats
Jorge Drexler- La edad Del cielo
Bebel Gilberto- Samba e amor
Feist- Tout doucement
Marcelo Camêlo- Mais tarde
Coldplay- Such a ruch
Roberta Sá- Samba de um minuto
Jason M’Raz – At last/sleep all Day
Jack Johnson- Banana pancakes
Zero 7- In the waiting line
Block 16-Slow hot wind
Melody Gardot- Love me like a river does
Bjork- Sweet sweet intuition
Morcheeba- The sea
Milton Nascimento- A lua girou
Ana Cañas- Esconderijo
Cibelle- Waiting
Badi Assad- Drume negrita

João Bosco e cinema


Essa é só curiosidade de associação auditiva.
Há muito tempo ouço a música Bala com bala e recentemente percebi uma incrível semelhança com a música tema da 20th Century Fox (somente nas gravações de Elis e João Bosco). Seria uma referência, já que a música fala de cinema, mocinhos, pipoca, etc?
Justamente! Confirmado pela produção de Bosco.
O engraçado é que nem Aldir Blanc nem Bosco comentaram muito essa ‘homenagem’ subliminar.
Ah, eu sempre gosto de ouvir essa música imaginando a tela de cinema, o público e a luta entre mocinho e bandido. É excelente. Elis gravou em 1972 no álbum Elis.

Pra quem quiser baixar, tentem com o nome da música no http://www.4shared.com/
Quem quiser conferir o site do Bosco: http://www.joãobosco.com.br/ -agradecimento especial

Beatles X Rolling Stones


O psicanalista e professor Marco Antônio Coutinho Jorge, em seu artigo A travessia da fantasia na neurose e na perversão (Estud. psicanal. [online]. set. 2006, no.29) faz uma análise bem pontual de dois grupos de rock surgidos em Liverpool, 1966; os Beatles e os Rolling Stones.
Ele ressalta a existência efêmera dos Beatles e em contrapartida, o vigor e resistência dos Rolling Stones.
Fato curioso: enquanto os Beatles cantaram primordialmente o amor, escamoteando a sexualidade de suas letras, os Rolling Stones fizeram aparentemente o oposto. Coutinho Jorge cita “All you need is love”, como frase paradigmática dos Beatles e “I can´t get no satisfaction, But I’ll try, but I’ll try, but I’ll try” como frase emblemática de Jagger e seus companheiros.

Sabemos que achar frases de conteúdo menos inocente nas músicas dos Stones é bem banal, mas minha provocação é tentar coletar frases de tal teor nas músicas dos Beatles... mesmo que dúbios. Quem se anima?

So far:

“I’d Love to turn you on” – (Album: Sgt Pepper’s Lonely hearts Club Band. Song: A day in life)

“Nobody ever loved me like she does (Album: Let it be. Song: Don’t let me down) Oh, she does...yes she does”


Em tempo:
O artigo muito interessante de Marco Antônio Coutinho Jorge está online. Segue referência:
JORGE, Marco Antonio Coutinho. A travessia da fantasia na neurose e na perversão. Estud. psicanal. [online]. set. 2006, no.29 [citado 15 Dezembro 2009], p.29-37. Disponível na World Wide Web: . ISSN 0100-3437

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Programação Visual - Verão 2010


A nova programação visual da PIN UP | Music Branding está quase pronta, mas você já pode conferir a imagem escolhida para essa temporada.

Design: Blank Tape (www.blanktape.com.br)

Em busca do tempo perdido ou just seventeen


É.. a idade vai chegando e com ela também o saudosismo. É impressionante a quantidade de músicas que citam aquela idade limite dos 17 anos, seja por um viés mais insinuante, mais pueril, nostálgico ou rebelde. Do Blue eyes aos Strokes o tema em comum é aquela idade do 'despertar' que os tempos não trazem de volta.

Se alguém lembrar de mais alguma, compartilhe!


It was a very good yearFrank Sinatra

‘When I was seventeen

It was a very good year
It was a very good year for small town girls
And soft summer nights
Wed hide from the lights

On the village green
When I was seventeen’


Evening Sun
The strokes

‘You're the prettiest smartest captain of the team

I love you more than being seventeen’

I saw her standing thereThe Beatles

‘She was just 17
And you know what I mean’


Sixteen going on seventeen
The Sound of Music Soundtrack

‘You are sixteen going on seventeen Baby,

it's time to think Better beware,
be canny and careful Baby, you're on the brink
You are sixteen going on seventeen
Fellows will fall in line’


Seventeen
Ladytron

‘They only want you when you're seventeenWhen you're twenty-one

You're no fun’


Volver a los 17
Milton Nascimento e Mercedes Sosa (Composição: Violeta Parra)

‘Volver a los diecisiete después de vivir un siglo

Es como descifrar signos sin ser sabio competente,
Volver a ser de repente tan frágil como un segundo
Volver a sentir profundo como un niño frente a Dios
Eso es lo que siento yo en este instante fecundo’

Little QueenieChuck Berry (performed by The Rolling Stones)

‘There she is again standing over by the record machine

Oh, she's looking like a model on the cover of a magazine
Why she's too cute to be a minute over seventeen’


Dezessete anos de vida
Cazuza

'Eu tô perdido
Do joelho até o umbigo
Tudo é perigo’

Camila, CamilaNenhum de Nós

‘Eu que tinha apenas dezessete anos

Baixava minha cabeça pra tudo
E era assim que as coisas aconteciam
E era assim que eu via tudo acontecer’

Natasha
Capital Inicial

‘Tem 17 anos e fugiu de casa

Às sete horas na manhã no dia errado
Levou na bolsa umas mentiras pra contar
Deixou pra trás os pais e o namorado’

Only seventeenNina Hagen

‘Young! Savage!
And only seventeen
Big! Power! You're my living dream
Super! Great! The leader of the scene
So young, savage, and only seventeen, only seventeen’

Seventeen
Kings of Leon

‘Oh she's only seventeen
Whine whine whine, weep over everything'

Pandora’s BoxOMD

‘Only seventeen
When all your dreams came true
But all you wanted
Was someone to undress you’

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Chico Buarque. Quem é a moça?


Estava prestando atenção à letra de Essa moça tá diferente (Chico Buarque de Hollanda Vol 4, 1970):

"Essa moça é a tal da janela
Que eu me cansei de cantar
E agora está só na dela
Botando só pra quebrar"

E fiquei me perguntando se ele não faria uma referência à uma das duas moças citadas em 1967(Chico Buarque de Hollanda Vol 2), Carolina e Januária que pareciam ver a vida somente através das janelas.

"O pessoal desce na areia
E batuca por aquela
Que malvada se penteia
E não escuta quem apela
Quem madruga sempre encontra
Januária na janela
Mesmo o sol quando desponta"


"Eu bem que mostrei sorrindo, pela janela,
ah que lindo
Mas Carolina não viu..."

Bem...acho que vou continuar na curiosidade pois só o Chico seria capaz de responder essa. rs

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Covers e Versões

Gosto muito de versões que mudam realmente os arranjos das músicas e as vezes até o contexto da letra dependendo do ritmo e tom em que a música é cantada.
Selecionei algumas versões bem interessantes.Todas tem sua peculiaridade. Vale ouvir.
Atenção especial para a versão de 'Girls just wanna have fun' que cantada por um homem muda sua leitura completamente.



Don't stop the music (Rhianna- versão: Jamie Cullum)
Girls just wanna have fun (Cindy Lauper- versão: Greg Laswell)
Afro blue (John Coltrane - versão: Liz Wright)
Come as you are (Nirvana- versão: Dani Siciliano)
Someone to watch over me (George & Ira Gershwin- versão: Amy Winehouse)
Ponta de Areia (Milton Nascimento- versão: Esperanza Spalding)
Eu quero um samba (Haroldo Barbosa-versão: Zizi Possi)
Billy Jean (Michael Jackson - versão: Caetano Veloso)
Sweet Jane (The Velvet Underground- Versão: Cowboys Junkies)
High and Dry (Radiohead- versão: Jorge Drexler)
Inside and out(The Bee Gees - versão: Feist)
Moça (Wando- versão: Caetano Veloso)
Singing in the rain (Arthur Freed, Herb Brown- versão: Jamie Cullum)
Toxic (Britney Spears- versão Yael Naim)
Take me out (Franz Ferdinand - versão Scissors Sisters)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

The Smiths I


Todo mundo sabe que os Smiths, assim como o Radiohead podem ser uma banda com letras cortantes e densas. No caso dos Smiths, letras mais relacionadas a uma 'pena-de-si-mesmo', por vezes até melodramáticas. Hoje conversando com meu primo, selecionei as 5 letras mais tristes dos Smiths:

1. I know it's over ("Oh Mother, I can feel the soil falling over my head")
2. Please please please let me get what I want this time ("Good times for a change. See, the luck I've had can make a good man turn bad")
3.Half a person ("And if you have five seconds to spare then I'll tell you the story of my life")
4.Last night I dreamt that somebody loved me ("Last night I dreamt that somebody loved me. No hope, no harm, just another false alarm")
5. That joke isn't funny anymore ("When you laugh about people who feel so very lonely, their only desire is to die").

Atenção (musical) flutuante


Este blog pretende arquivar impressões, curiosidades, utilidades, inutilidades e associações livres que fiz a a partir da audição de músicas. Não me concentro em nenhum autor, compositor, e estilo específico, levando em conta as 2 únicas regras da psicanálise, apenas me deixo levar pela atençao flutuante que me conduz de uma letra a outra. Toda boa música cabe aqui.
contribuições são sempre bem vindas. Shall we get started?

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